APRESENTAÇÃO

 

A Revista Avepalavra apresenta mais uma edição enquanto lugar de debate e reflexões acadêmicas, gesto também contribui para divulgação científica de pesquisa produzidas no Centro-Oeste, em grande medida trabalhos de instituições pública de ensino envolvendo pesquisadores da graduação e da pós graduação.

Assim temos os trabalhos:

 

Rafaelle Arruda Aguiar apresenta uma análise da

a história toponímica do bairro Cristo Rei, na cidade de Várzea Grande, por meio da pesquisa-ação realizada com alunos do 9º ano da Escola Estadual Dom Bosco, com foco no aspecto Antropocultural. O levantamento de dados envolveu observação de mapas, coletas e análises de dados históricos, além de consulta a documentos da Câmara Municipal e da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do munícipio.

 

Fernanda Belarmino de Santana faz uma análise do enunciado “Paz e Amor” a partir da Análise do Discurso Franco/Brasileira:

 

a proposta deste trabalho a tecer algumas análises a respeito do discurso de Jimi Hendrix no histórico Festival de Woodstock com enunciado “Paz e Amor”. A circulação deste enunciado não cessou demandar efeitos sentidos. E a sua atualidade histórica possibilita ao enunciado em inscrever-se em diversos espaços discursivos, com outros sentidos. Referimo-nos ao espaço institucional do Ministério da Educação, na prova do ENEM, um dos maiores vestibulares de ensino público.

 

Marta Luzzi aborda as contribuições das práticas pedagógicas a partir de alguns teóricos:

 

Esta pesquisa tem como objetivo evidenciar as contribuições que a teoria sócio-interacionista, associada a Mikhail Bakhtin e fundamentada na Análise do Discurso de linha Francesa, pode contribuir para a formação do leitor/escritor no ensino de língua portuguesa, ainda nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental I. As evidencias, sobretudo, no que diz respeito às hipóteses levantadas, estão em um processo de construção para uma prática, que possibilita atribuir à produção de texto outro sentido. Nessa perspectiva, que o ensino de língua portuguesa se alia a linguagem como forma de interação, para que o texto ganhe um novo sentido na escrita do aluno, a partir de sua vivencias sociais. Nesse processo de interação e de descoberta, damos lugar ao sujeito da escrita, nosso aluno, que dialoga discursivamente com o Outro, resgatando sua memória e suas vivencias.

 

Ellen Aurea Karolina Hetwer faz algumas questões sobre a língua e sua representação social:

 

Este artigo faz parte de um trabalho desenvolvido como Prática de Componente Curricular da disciplina de Análise do Discurso, do 5º semestre do curso de Licenciatura Plena em Letras da Universidade do Estado de Mato Grosso, sob orientação do Professor Drº Paulo Cesar Tafarello. Foram realizadas entrevistas com discentes dos Cursos de Comunicação Social, Ciência da Computação e Licenciatura Plena em Letras da mesma Universidade, e com um discente do curso de Psicologia da Fundação Integrada Municipal de Ensino Superior (UNIFIMES), a partir de duas reportagens sobre o cantor e compositor Ed Motta retratando a Língua Portuguesa e os brasileiros. De modo geral, o objetivo foi compreender como a Língua perpassa em nosso meio e o que ela representa na sociedade. E como as reportagens influenciaram nos discursos dos entrevistados. Nossa análise foi traçada na perspectiva teórica da Análise do Discurso de Linha Francesa, baseando-se principalmente em Michel Pêcheux e Eni Puccinelli Orlandi.

 

Islana Crus Pereira e Paulo Cesar Tafarello discutem os discursos sobre o estupro e a culpabilização da vítima nesses casos:

O objetivo deste trabalho teve como premissa analisar os sentidos de estupro circulantes na mídia brasileira, observando os sentidos derivados do mesmo, como por exemplo, “cultura do estupro” e a tensão resultante entre os sentidos de “normalidade” e os sentidos de violência atribuídos a essa prática. A partir disso, desdobrou-se em três objetivos específicos, que foram: Analisar a normalização da violência contra a mulher ao longo da história, analisar o termo cultura de estupro nas mídias sociais e Analisar os processos de culpabilização das vítimas de estupro.

 

Maria Rosana Rodrigues Pinto Gama, a partir da Análise do Discurso, coloca questões para obra literária:

 

Neste artigo de conclusão da disciplina Introdução à Analise do Discurso, apresentamos as contribuições de Michel Pêcheux e sua abordagem interdiscursiva, trajetória e compreensão, a materialidade do processo de significação e constituição do sujeito nos estudos da poesia de Dora Ribeiro. Na análise buscamos problematizar a leitura do poema com as referências da AD.

 

Isadora Ortega faze uma pequena discussão sobre os contos de fadas:

 

Este artigo trata-se de Contos de fadas e como esses foram estabelecidos na sociedade de várias formas. Por meio de pesquisas e leitura intensa de várias versões de livros clássicos do tema e até mesmo de versões atuais, que demonstram como a visão da sociedade e até mesmo o papel dos gêneros se modificou durante anos, foi possível se chegar à conclusão de que as personagens e as narrativas se tornaram propriedade comum, que foram fixadas na sociedade e tem certas expressões utilizadas naturalmente no cotidiano.

 

Marina Rodrigues e Marlon Leal Rodrigues fazem uma discussão sobre a disciplina de Linguística:

 

Nossa linguagem sempre foi algo fascinante para o ser humano, foi através dela que tivemos troca de experiências em várias áreas dessa nossa vida. Abordarei neste artigo um pouco do que é a linguística e seus campos de estudos, me guiando pelas aulas dadas pelo Professor Marlon, entre palestras e seminários em que pude estar como ouvinte, e em alguns livros em que tive a chance de começar uma leitura breve, mas que ajudara no desenvolvimento deste artigo.

 

Bruno Rodrigues Soares Santos aborda as contribuições históricas de filósofos para os estudos linguísticos, uma “viagem” dos estudos para-linguísticos, pré-linguísticos até a Linguística enquanto ciência:

 

O objetivo desse texto é trazer as diferentes contribuições de filósofos para o estudo da linguagem, desde Platão a Foucault. Abordando temas como signos e significados até variações linguísticas, esse artigo trás os diferentes pontos de vistas dos pensadores, facilitando assim, o estudo sobre a filosofia da linguagem.

 

Alcione Rafael Candido discute a variação linguística enquanto processo natural das línguas:

 

O presente artigo objetiva apresentar alguns aspectos do sistema linguístico, de modo a enfatizar os processos que envolvem as variações linguísticas que são intrínsecas às línguas. Consiste também em evidenciar os fatores e as condições socioculturais que influenciam os diversos usos de seus falantes. Igualmente, abordaremos sobre o preconceito linguístico, oriundo das normas e dos padrões gramaticais tidos como politicamente corretos.

 

Gabriela Pache Tavares apresenta uma discussão sobre vocábulos africanos na Língua Portuguesa:

 

O presente trabalho busca identificar em nossa língua os vocábulos pertencentes à cultura africana que se fazem presente em nosso idioma, por influência das línguas trazidas pelos escravos, que se incorporaram na formação da nossa língua, e as vezes nem se nota sua origem. Assim como fazer um breve panorama da história do processo de formação da Língua Portuguesa, relatando-se a origem e as principais influencias em sua composição.

 

César Alberto Añez Gimenez faz uma abordagem a LDB e a BNCC:

 

Acredito ser um tema pertinente e atual que o país vem passando, apesar de estarem ocorrendo vários outros assuntos também muito importantes, por se tratar do direito que envolve os cidadãos e o seu acesso à educação, desenvolvo em algumas singelas palavras este artigo direcionado a algumas propostas de leis que envolvem a educação. O intuído deste não é criticar ou mesmo apoiar, mas orientar de alguma maneira, tentando esclarecer alguns tópicos e assim deixando ao leitor a sua conclusão perante essas informações e questionamentos.

 

Julia Rosa Silveira e Paulo Cesar Tafarello apresentam uma análise discursiva sobre os sentidos de empoderamento feminino,

O presente artigo, como parte de um trabalho maior, tem por finalidade analisar os discursos sobre o empoderamento feminino. Discursos esses onde os sentidos de empoderamento que vem circulando na sociedade apresentam forte tensão discursiva, fazendo com que o termo seja utilizado em diversas situações que nem sempre parecem representar e/ou trazer a noção de empoderamento feminino. Porquanto, a AD, negando a transparência da linguagem, ocupa-se dos processos de produção de sentido fundamentado em determinações históricos-sociais, levando em conta as condições de produção como fatores contribuintes da interpretação.

 

 

Boa leitura!!!

Alto Araguaia-MT, agosto de 2019.

 

Prof. Ms. João Paulo de Oliveira

Profa. Ma. Alessandra de Souza Morais

Prof. Dr. Paulo Cesar Tafarello